domingo, 15 de março de 2009

Quanto de mim?



Sei o quanto de mim posso por em vida, pra que a vida me pareça verdadeira.


Sei o quanto de mim eu ponho do momento em um instante pra que o instante seja duradouro.


Sei o quanto de mim eu tenho de força pra lutar contra os egos que sao maiores que as verdades.


Mas nao o sei o quanto duro por estar sempre no oposto, em contra-mao. Por que o certo sempre parece menos logico.


Há de haver a hora de um sorriso valer mais que um motivo.


Há de haver um tempo de que nao vistassemos o todo e mais os detalhes.


"talvez um dia vc consiga ser menos rei e um pouco mais real"...


Tudo agora me lembra Shakeaspeare



HAMLET: Ser ou não ser... Eis a questão. Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e
arremessos do fado sempre adverso, ou armar-se contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando resistir-lhes? Morrer... dormir... mais nada... Imaginar que um sono põe remate aos sofrimentos do coração e aos golpes infinitos que constituem a natural herança da carne, é solução para almejar-se.


Morrer.., dormir... dormir... Talvez sonhar... É aí que bate o ponto. O não sabermos que sonhos poderá trazer o sono da morte, quando alfim desenrolarmos toda a meada mortal, nos põe suspensos. É essa idéia que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa! Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis amorosas, a implicância dos chefes e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas mãos obter sossego com um punhal? Que fardos levaria nesta vida cansada, a suar, gemendo, se não por temer algo após a morte - terra desconhecida de cujo âmbito jamais ninguém voltou - que nos inibe a vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males ignorados?
De todos faz covardes a consciência. Desta arte o natural frescor de nossa resolução definha sob a
máscara do pensamento, e empresas momentosas se desviam da meta diante dessas reflexões, e até o nome de ação perdem. Mas, silêncio! Aí vem vindo a bela Ofélia. Em tuas orações, ninfa, recorda-te de meus pecados.






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